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Não vou me deter em descrever detalhadamente todo o sofrimento que foram meus últimos dias no Brasil. Eu chorava o dia todo, evitava falar com as pessoas pra não ter vontade de chorar. Me despedir dos meus amigos e família foi realmente muito difícil. Especialmente as pessoas com quem eu tinha uma rotina. No sábado de noite tive que me despedir dos meus amigos Léo, Fer e Felipinho e foi quando minha ficha caiu de que eu não iria vê-los por uma ano. Foi horrível, foi a partir daí que as lágrimas não pararam mais de cair. Foi nesse dia também que me tornei “guardião” do tesouro do meu melhor amigo. No domingo fui me despedir do pessoal da família Martins. Tivemos um delicioso almoço e depois passamos uma tarde jogando conversa fora. Depois, última noite na casa das madrinhas, já que a Juli foi quem me levou para comprar meus ienes, mesmo com todos os contratempos, deu tudo certo e o dia acabou muito rápido, me fazendo chegar ao dia da partida. Mais chororo ao me despedir da Tia emo e da Cah, aí fui pra São Paulo, ainda bem que o Léo acabou pegando uma carona com a gente (que bom, pq eu não queria q a despedida de sábado fosse a última), e me manteve distraído, impossibilitando que eu chorasse o caminho todo. Vale lembrar que antes de partir ainda me despedi do Monts, que me deu algumas fotos dos meus amigos, pra eu não esquecer deles (como se fosse possível). Já em São Paulo, mais um balde por favor, pq esse aqui já encheu de lágrimas. Como dizer “até o ano que vem” pra minha Kaká?? E a Sophia que acordou chamando meu nome? Realmente muito difícil, mas com ou sem lágrimas tive que dizer adeus a elas, aos demais Giampa. No aeroporto, últimos momentos para passar com meus pais, minhas tias e o caiuxo. Depois de muito nó na garganta e litros e litros de lágrimas e abraços apertados lá fui eu, rumo ao meu sonho.

Confesso que passei grande parte do voo chorando e sofrendo com a distância e com a péssima música disponível no avião para Frankfurt. Chegando lá, muito engraçado, os comissários me confundiram com um alemão. Eu vi eles dizendo “Good bye” ou “Thank you” pra alguns passageiros na minha frente, e pra mim falaram em alemão -.-‘. No aeroporto de Frankfurt pude contatar o pessoal no face, e depois de algumas horinhas, partindo pro Japão. Nesse ponto eu já estava mais tranquilo e o avião era bem melhor, com telas individuais em cada assento, cds disponíveis para escutar (passei a viagem escutando Wicked e Queen, e assisti Sombras da Noite). Ainda sobre a Alemanha, muito engraçado, quando o avião estava descendo eu olhei a paisagem e parecia de brinquedo, muito bonito.

Chegando no Japão… que lugar perfeito, aeroporto supermoderno, com um “trem” para levar os passageiros do desembarque para a imigração. Consegui uma rede wi-fi pra contatar geral que eu tinha chego bem e em seguida correr pra pegar o transporte e “viajar” para Kyoto. Foi uma viagem tranquila, puder ver muitas coisas e tirar fotinhos que estão lá no meu álbum do facebook. Depois de chegar no alojamento fui muito bem recebido pelo Imai-san e pela Mama, que me deu sorvete e um almoço delicioso (começando a me deliciar com a culinária japonesa). Nesse tempo conheci alguns companheiros de alojamento, entre eles o Cassidy, meu big bro aqui, que é bastante comunicativo e tem sido um grande companheiro para se aventurar nas redondezas e entrar em furadas descobrir bons lugares para comer, fazer comprar, etc. Passei o primeiro dia me instalando e de noite conheci o Janic, mais um amigo e companheiro de aventuras, e a Cheryle, que tem trazido muitas dicas úteis. Encerramos a noite saindo pra jantar num restaurante aqui perto, onde pude experimentar o Udon frio e mostrar que o desafio da erin serviu pra alguma coisa, quando eu lembrei o modo correto de comê-lo. Cass ficou me devendo uma kkkkkkkkkkkk

No dia seguinte sai de manhã para encontrar algo pro café-da-manhã e eu e o Cass quase nos atrasamos para o encontro com as SKP buddies na Ritsumeikan. Correr atrás de ônibus é meu esporte favorito (já que perto do horário do ônibus passar – pq os ônibus no Japão são pontuais – eu lembrei que tinha esquecido meu dinheiro e passaporte em casa -.-‘). Depois de muitas aventuras (to parecendo narrador da TV globinho) chegamos bem na Ritsumeikan e conhecemos nossas senpais do SKP Buddies que nos ajudaram com o processo de registro aqui na prefeitura e nos levaram para almoçar numa hamburgueria. O hamburguer no Japão é delicioso. De tarde, sonhinho, pq ninguém é de ferro e de noite tivemos a recepção da Mama, com Kare Rice (meu prato predileto – tava realmente delicioso, apesar de eu ainda estar comendo pouco por causa da falta de fome nos últimos dias). Depois os demais moradores daqui (todos chineses) chegaram e pudemos nos apresentar adequadamente, parecem todos muito gente boa, especialmente o Wei (espero ter escrito corretamente), que me forneceu um adaptador pra eu finalmente poder usar meu laptop aqui (se vcs estão lendo isso é graças a ele). Pra encerrar a noite eu, o Cass e o Janic fomos procurar um bar pra descontrairmos, eu e o Janic realmente damos muita risada com o Cass, ele aborda as pessoas com muita facilidade e graças a isso nós acabamos conhecendo mais gente… muito bom.

É isso, hoje vou ver se acho uma bicicleta pra poder me locomover melhor aqui, então… até a próxima postagem.
Não vou dizer que sinto falta “do Brasil”, mas sim de todos vocês que eu deixei aí. Espero que possamos conversar bastante pelo facebook e skype para que possamos encurtar a distância e quando eu voltar será como se eu nunca tivesse vindo. Amo vocês.

PS. Já descobri a localização do Museu do Mangá, é aqui na avenida atrás da minha casa, 20 minutos a pé. E achei uma loja pertinho q vende mangá. Aquela coleção do Rurouni Kenshin é realmente linda *-*.